quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Palavras vazias




Certa vez um homem extremamente sábio resolve contar uma breve história aos seus seguidores por ter percebido que alguns daqueles que estavam nas redondezas de sua cidade achavam-se melhores que os outros e por isso desprezavam os seus irmãos. Se liga na história:

Haviam dois homens. Um deles era um cara muito religioso, podemos dizer que era uma pessoa muito intolerante quando se tratava de questões religiosas, este pertencia a um grupo do judaísmo que era chamado de fariseus. O outro homem não era um cara tão religioso assim, muito pelo contrário, este homem era um publicano, uma das profissões mais odiadas dá época. Os publicanos eram odiados pelo fato de cobrarem impostos injustos e ficarem ricos por causa disso, além de serem considerados traidores pelo seu povo por servirem ao império romano.
O fariseu seguia sua rotina, foi ao templo orar como de costume. Era um dia normal, até o momento em que entrou no templo e encontrou um dos caras mais odiados por aquela sociedade, um ser visivelmente imperfeito buscando literalmente a um Deus que é simplesmente perfeito. O publicano se humilhava diante de Deus pedindo perdão pelos seus pecados e de tão imperfeito que se achava ficou distante do fariseu por não se sentir digno de aproximar-se de uma pessoa tão “pura...” Enquanto isso o fariseu também orava a Deus, porém de uma maneira totalmente diferente. Ao invés de se humilhar, se exaltava. E afirmava diante do único perfeito, a sua própria perfeição.

Sim essa história é a mesma que se encontra em Lucas: 18:9-14, só que em outras palavras.

Não quero aqui exaltar o publicano nem muito menos menosprezar o fariseu, ambos eram pecadores assim como nós e precisavam da presença de Deus. O que quero chamar atenção aqui, são para as palavras...

Você sabia que as orações que fazemos são palavras proferidas? Sim, é claro que você sabia. Mas talvez o que não saibamos é que Deus não aceita palavras vazias... Na verdade as palavras servem como meio de transporte para nossos corações. Pois é isso que Ele deseja, a sinceridade do nosso coração.
Quantas palavras vazias temos falado? Olhemos para nós mesmos e não para o outro. Quantas canções vazias temos cantado?
Não importa se as palavras são bonitas, o que verdadeiramente importa é se essas palavras transportam ou não um coração.

Que cada canção ecoada e cada palavra proferida sirvam de meio de transporte para (e)levar nosso coração a quem ele realmente pertence.
Ele deseja o seu coração!


João Carlos

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