quarta-feira, 11 de maio de 2016

De volta ao playground

"Jesus, porém, disse: Deixai as criançinhas e não os impeçam de vir até mim, porque deles é o Reino dos céus" (Mateus 19:14)

Brincar de pega - pega, descer no escorrego, correr, correr, correr até realmente não aguentar mais, criar histórias e diálogos extramemnte criativos que só você mesmo compreende... Ah, como é bom ser criança! Que saudade que me bate da minha infância ao lembrar de tudo isso que citei anteriormente! Sem dúvidas, é muito bom ser independente! É legal ter o seu próprio carro, poder ter o seu próprio dinheiro e comprar a roupa que quiser, na hora que quiser, não ser obrigado a ir dormir cedinho da noite mesmo estando sem sono, mas sinceramente, aqui pra nós, nada se compara ao caráter infantil (no melhor sentido da palavra) que trazemos conosco. Peraí, Victor... caráter infantil? Isso não tá relacionado a algo ruim não? Pra mim um adulto infantil é alguém imaturo, insensato, extremamente dependente, eu é que não quero ser assim! Calma, brother, calma, sister... Eu tô escrevendo bem tranquilo e peço que você leia na mesma proporção de tranquilidade... Vamo dialogando que no fim a gente chega a uma definição (quem sabe) do que é ser infantil.
Não é de hoje que ao conversar com o Senhor, eu me vejo desafiado a ter uma postura semelhante a de uma criança. Calma, não entenda errado! Não me refiro a sair por aí brincando de pega-pega, fazer xixi na cama, falar tudo o que penso sem analisar antes as consequências que serão geradas pelos meus dizeres, não! Refiro-me a conservação da essência que a criança carrega consigo. Afinal de contas, quem nunca ouviu aquela célebre frase: "coração bom é coração de criança" ou "criança é tão pura...". A criança de fato possui impregnada em si essa imagem de um ser verdadeiro, incapaz de prejudicar alguém de maneira proposital e é exatamente sobre esses aspectos que nos remete ao universo infantil que quero conversar com você essa semana.
Escrevo artigos aqui no blog desde novembro de 2013 e nunca citei/mencionei nada relacionado a minha vida pessoal (até por que nunca existiu a necessidade de tal exposição) mas hoje nesse clima de "de volta a infância" enxergo uma oportunidade legal de falar sobre algo relacionado a minha vida particular, que quem me conhece pessoalmente com certeza já deve desconfiar sobre o que estou querendo dizer...
Desde 2012 a minha vida se tornou um verdadeiro ímã pra crianças. Por um extremo acaso fui chamado para liderar uma célula de crianças e a partir daí não parou mais: tudo que tem criança no meio, o pessoal da igreja já me chama. Me tornei o "Victor das crianças". Voltando pra 2012...: Eu tinha 16 anos e nunca tive um contato muito próximo com crianças. Tava me borrando de medo. Me preocupava em ter moral com eles sabe. Já fui na defensiva. Os guris abriam a boca e eu já ia dizendo: "Perai, pergunta é só no final, agora eu to falando...". Tinha medo da situação sair do meu controle e a solução mais prática que encontrei foi limitar eles a apenas me ouvirem. Mas o tempo passou... e eu acabei por experimentar novos métodos. Certo dia, decidi deixar um deles falar... foi uma boa pergunta... tão boa que fez com que outro garotinho fizesse uma pergunta também. Percebi que eles não eram os terroristas que eu pensava. Mais do que isso: descobri que eu  tinha matado a criança que existia dentro de mim  e tive que aprender passo a passo com eles a fazer com que ela (a criança) ressuscitasse em minha postura.
É difícil agir como criança. Nosso pensamento adulto constantemente nos influencia a julgar os outros, a querer ser o dono da verdade, a imaginar situação complicadas em lugares onde a simplicidade reina. Em contrapartida, ao termos uma ótica infantil sobre as circunstâncias do cotidiano tornamos tudo mais leve e menos estressante. Por isso pense duas vezes antes de assassinar de vez a criança que existe dentro de você. Manter o seu lado criança ativo faz bem pra sua alma e pro seu espírito, afinal, Jesus nunca que há de rejeitar um abraço de uma criancinha...

PS: Para os que forem compartilhar o artigo nas redes sociais, um pedido: ao compartilharem escrevam #partiusercriança. Iai, #partiu?

- Deus te abençoe e te faça cada vez mais forte!
- Forte abraço!
- Victor de Medeiros

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