sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Quando a luz se apagar


Meus braços já não suportavam mais. Eu buscava ar como um afogado em seu desespero final. No treino de natação, o vai e vem da cabeça, o afundar e emergir para buscar fôlego se torna um estertor. Eu treinava para uma competição próxima e precisava intensificar os exercícios. Acontece que naquela tarde, estava exausto. Nos tiros, o percurso da piscina deve ser vencido a toda velocidade – eles visam aumentar a capacidade dos pulmões de suprir os músculos de oxigênio. Já havíamos dado uns oito tiros, em quase meia hora de suplício. Resolvi desistir. Enquanto alternava as braçadas, prometi a mim mesmo que logo que tocasse a borda da piscina avisaria ao técnico que iria embora. Decididamente, eu não aguentava mais. “Cheguei no meu limite”, repeti ofegante, com a cara enfiada na água. (Ricardo Gondim)                               

(Ecleciastes 7:8) Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas; melhor é o paciente de espírito do que o altivo de espírito.

A verdade é que não importa como você comece, importa é como você termina. Não interessa como você começou a faculdade, importa se terminou e como terminou. Não importa o como você começou a caminhada cristão importa o que será quando chegar ao final. As pessoas tem as mais variadas virtudes, porém se não houver perseverança não importa o tanto que fez, importa até onde vai. O como termina.

Os que  se acham sem forças devem tentar mais uma braçada, mais uma pedalada ou mais um passo. Por que não tentar o diálogo só mais uma vez? Por que não caminhar só mais uma milha? Por que não dizer para si mesmo:  eu não vou parar na hora em que os medíocres desistem. (Ricardo Gondim)

A mediocridade existe e é um risco, e aí? Quando frustramos na perseverança, na verdade frustramos o coração de Deus.
A Bíblia fala que aquele que perseverar até o fim será salvo. Perseverança é a virtude que te leva até o final de maneira a ser galardoado.

Assim que alcancei a borda, gritei: “Vou parar agora!” Sem demonstrar piedade alguma, meu técnico respondeu, virando as costas: Nesta hora os medíocres desistem! Senti-me um lixo. Resolvi buscar forças onde não tinha e voltei ao treino. O técnico – que por acaso também se chamava Ricardo - ensinava uma lição que perdurou comigo todos esses anos. Hoje sei: se existe algum prêmio em existir, ele pertence aos que não desistem. Meu conceito de vencedor consiste em apenas permanecer na lida. (Ricardo Gondim)

A paz,
Lailla F.


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